domingo, 1 de novembro de 2009

O lado de fora

Certo dia eu estava caminhando pela orla de minha cidade, observando o mar lindo e o privilégio de morar numa cidade tão maravilhosa, sentindo a brisa bater no meu rosto de forma suave. Começo a pensar nas bênçãos que tenho recebido nos últimos tempos, no aprendizado que Deus tem me proporcionado, sem muita dor, penso em como tenho "sorte" por ter um Pai tão bom comigo, e em como não tenho do que reclamar. É uma paz que nos traz essas coisas feitas por Papai...

E no meu caminhar, olhando só para o lado do mar, percebo que há outro lado.

Quando começo a me dar conta da existência desse "outro lado", meu pensamento sobre mim, minha vida e minhas bênçãos se esvai e começo a ver um outro lado da vida, ou sobrevida, para melhor classificar, que não via antes. Foi como entrar na realidade, um pouco (ou muito) chocante. Há prostituição, do começo ao fim da minha caminhada, pessoas sem perspectiva de vida, que se rendem a isto por pensar que não há mais saída, ou que essa é a maneira mais fácil de ganhar um dinheirinho. Há quem passe por ali "tirando onda", "vivendo o momento", sem a menor perspectiva de futuro.
Percebo que nas várias "classes sociais" há diferentes problemas, e uma única solução. Eu sei a solução.

E eu fechada no meu próprio 'happy world'... Me vem um pensamento...
Peraí, o que será que eles pensam do meu mundinho?

Eles me desprezam por não estar "vivendo intensamente", sem ao menos saber o que é ter uma vida intensa. Neste momento da caminhada, começo a pensar em mim novamente, em defesa ao ataque daqueles que me desprezam, quando começo a pensar nisto, minha mente começa a se fechar para mim novamente...
E de repente, como um estalo, me vem a mente o que eu sempre escutei, em todos os anos da minha vida: Jesus foi desprezado, humilhado, cuspido, mal-tratado... e ainda assim , saiu da sua glória, confortável glória, e foi lá naquela cruz, escolheu sofrer por quem fez tudo isso com ele, e os salvou. Tudo isso por amor.

Novos pensamentos...
Será mesmo que minha caminhada está com a perspectiva certa?
Daí passei a caminhar olhando para o outro lado e com outros olhos passei a ver aquelas pessoas que desprezam a minha felicidade. Eles precisam da solução que eu conheço, eles precisam de Deus, e de mim, como instrumento dEle.

sábado, 31 de outubro de 2009

Encontro marcado (Meet Joe Black)



Com Brad Pitt em uma de suas melhores atuações e Anthoni Hopkins, sempre elegante e atuando maravilhosamente, este filme faz você repensar seu modo de viver.
Há poucos dias de sua morte, Bill (Anthoni Hopkins, o'Hannibal'), homem amado por todos e dono de uma estória de vida feliz, mostra que todos tem algo a resolver de última hora, e que mesmo quando pensamos que está tudo pronto, na maioria das vezes não estamos preparados para partir.
Brad Pitt, demonstra uma hiper versatilidade na sua dupla interpretação, como Joe Black e como "o cara da lanchonete", que só vem a confirmar seu talento.
Ao final, há um misto de emoções... alegria pelo reencontro, compaixão por Joe Black, uma tristeza pacificada por Bill... emoções que você processa juntamente com a protagonista. Mas no fim das contas, no somar de tudo, é um filme com um lindo e apaixonante final feliz. Recomendo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sobre casamento: Pr. Silas Malafaia


Texto do Pr. Silas Malafaia que eu achei realista e muito interessante, respondendo à uma pergunta feita a ele.
A pergunta era: Minha irmã costuma acreditar em tudo o que as pessoas dizem. Ela até vai casar com um irmão da igreja, pois o pastor profetizou ser aquele homem a pessoa que o Senhor separou para ela. Só que esse rapaz tem um histórico de vida duvidoso. Ela poderia estar cometendo imprudência?
"Realmente, costumamos ouvir coisas do tipo: 'a irmã fulana profetizou que é com aquela pessoa que devo me casar'. Estas declarações caracterizam cristãos que valorizam mais a experiência espiritual de outrem do que a Palavra de Deus; cristãos que não tem um conhecimento profundo daquilo em que afirmam crer. Se tivessem, saberiam que o casamento é uma instituição divina, mas eu é o ser humano quem deve fazer a escolha do seu cônjuge.
Nem os pais, nem o pastor, nem o 'profeta' pode escolher no lugar da pessoa. Ninguém, mesmo que tenha o dom de profecia e tenha recebido uma revelação quanto a algum fato da vida da outra, possui autoridade para dizer com quem esta deve casar-se. O máximo que pode fazer é compartilhar a informação, especialmente se tal pessoa corre algum risco.
Deus, que é onisciente e Senhor da nossa vida, não escolhe com quem devemos casar! Por que outra pessoa deveria? Sabe por que Ele não escolhe por nós? Porque nos deu o livre-arbítrio, respeita as nossas decisões e vê-nos como responsáveis por elas. Além disso, o amor é algo voluntário. Sendo assim, somos nós que escolhemos doá-lo.
Contudo, vale lembrar que essa escolha não deve ser às cegas. Antes de relacionar-se com alguém e de optar por casar com essa pessoa, tente conhecê-la melhor, averiguar seu caráter, estudar a maneira como ela trata os pais, os seus superiores e subalternos, como ela lida com as pressões e adversidades da vida. Deus nos deu inteligência para fazermos escolhas racionais.
Além disso, Ele nos deu algo precioso, Sua Palavra, a nossa bússola e Carta Magna, para pautar nossas escolhas e decisões. Na Bíblia, o Senhor revelou os princípios que regem a vida e os relacionamentos. Nossas decisões devem estar pautadas nesses princípios, e não na palavra dos homens, que são limitados e falíveis.
A Bíblia é a grande profecia de Deus para nossa vida. As revelações, visões e profecias que Ele concede à Igraja tem um propósito específico e devem estar em harmonia com o que Ele já recelou em Sua Palavra. Sendo assim, não se deixe enganar por falsos profetas! Não valorize mais visões espirituais do que a Palavra de Deus, pois correrá o risco de ser enganado e sofrer sérias consequências.
Não estou afirmando, contudo, que Deus não possa usar algum 'vaso' Seu para falar conosco. Não sou um agnóstico. Não creio apenas no que a razão humana pode inferir. Sei que Deus pode falar conosco e declarar fatos importantes por meio de revelações e experiências espirituais tremendas. O que estou dizendo é que não devemos desprezar a orientação do Senhor já revelada na Bíblia, apoiando-nos tão somente no dom profético de alguém. O cristão não deve trocar os ensinamentos bíblicos por nada. Por meio da Sua Palavra, Deus nos revela os Seus planos e segredos para termos uma vida plena, alegria, paz, saúde, e salvação eterna.
Em suma, leia sempre a Palavra de Deus. Guarde-a em seu coração. E, antes de fazer uma escolha importante, preste atenção às circunstâncias, analise as pessoas envolvidas, ore, peça a Deus para revelar o que você não está vendo, mas precisa saber. E fique atento, pois Ele lhe responderá. Mas saiba que a decisão, de fato, será sua!"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

É o quê mesmo?


Ultimamente a minha maior fonte de inspiração tem sido a vida. Não sei se é processo de crescimento ou qualquer outra coisa, mas tem momentos nos quais a gente cresce 50 anos. Não posso dizer que tenho vivido tão intensamente a esse ponto, mas colocando em proporções, até hoje, os útlimos meses valeram como... uns 10 anos? Bem, eu sou exagerada, não levem em consideração... Pessoas que entram em nossas vidas, sabe? Coisas que a gente nunca imaginava, mudanças, mudanças. Plano de Deus, espero.
Resta saber, e aí? Isso é bom? Está sendo bom? Melhorou em quê? O que eu tem feito quanto a isso? Será que não é necessária uma mudança interna, um crescimento, aceitar que o tempo passa e que as pessoas crescem (inclusive eu)? Na verdade, eu odeio crescer. Crescer é chato, é cinza, é responsabilidade, cobrança, regras, realidade nua e crua. Quem gosta? Sei lá, vai saber né... Tem gente que se dá muito bem com isso...
Mas não sou esse tipo de gente, eu gosto de fazer o que me dá prazer, eu gosto de escrever sem nada planjeado(como agora!), só soltar as palavras no teclado, deixar fluir... gosto da natureza, ahhh eu amo! Criação de meu Pai... Gosto de sentar numa praça e ver muita gente, cada uma vivendo sua vida, e ao mesmo tempo estar sozinha, como expectadora daquilo tudo (será esse meu problema? Preferir ser expectadora da vida...)... eu gosto de não ter que me preocupar com o que o mundo está passando (e não consigo não me preocupar), seria tão bom que tudo corresse bem independente de nós (egoísmo, eu sei)... eu gosto de dormir tarde, e acordar mais tarde ainda... eu gosto de ler, ler, ler (mas só o que me interessa)... eu gosto de dançar, pintar, fazer caras e bocas, ir ao teatro, ao cinema, e de tudo que me tire dessa realidade (cinza)... Eu gosto de Deus, eu AMO Deus... Pq Ele me faz sair dessa realidade e me dá cores e esperança na vida...

Eu gosto do cheiro da terra molhada, do mato, do mar... Ah!! Do céu, principalmente do céu! Eu gosto de escrever... eu não sei escrever bem... tenho problemas com o planejamento do texto, saber começar, saber concluir, saber os limites (até onde eu posso falar?), escolher apenas um tema e não fugir dele, eu gosto de divagar em mim mesma... apesar de achar muito chato depois de algum tempo.
Olha aí, já não sei mais, do quê mesmo eu estava falando? Ah, sim! Crescer... Blerg..

terça-feira, 26 de maio de 2009

É a minha decisão...



Há tempos que eu procuro um assunto legal pra postar aqui e não encontro. Porque eu não gosto do copia e cola sempre, só o que eu realemente acho legal. Mas geralmente prefiro escrever o que vem na cabeça.
Lendo sobre fotografia na internet vi essa foto de dois velhinhos e comecei a pensar sobre o amor, e o tempo.

A palavra amor tem se desvalorizado muito. Na verdade nós a estamos desvalorizando. Se ouve um 'eu te amo' em cada esquina.
Eu sei que é um assunto já passado, muito falado, mas pense comigo... Quantos 'eu te amo' você já ouviu na vida? E em quantos deles você acreditou realmente? E será que você deveria ter acreditado?

O amor é um dom de Deus para nós, é coisa que não vem de nós mesmos. Será mesmo que isso que você anda ouvindo se classifica em amor? Ou até mesmo isso que você anda falando...
Dizer 'eu te amo' traz uma responsabilidade enorme sobre o afeto que você gera no destinatário de sua frase. 'Você é responsável por aquilo que cativas'. Esse ditado não mente.

Mais que sentimento, amar é uma decisão. Então, se você decide amar, dizer 'eu te amo', está criando uma responsabilidade para si mesmo, a responsabilidade de REALMENTE amar e cuidar desse amor que você vai gerar em outra pessoa.

E aí eu volto aos velhinhos da foto... Eu nem os conheço, não sei se eles se amam mesmo ou não...
Mas o que eles me inspiram é isso: Eles decidiram amar, por toda uma vida. Depois que a beleza foi embora e que as dificuldades da velhice bateram à porta, eles decidiram enfrentar isso tudo juntos, decidiram!
Isso que é o amor de verdade.
Valeu à pena? Essa resposta eu quero pagar pra ver.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Jurisprudência do amor



*Texto de Arnaldo Jabor:


Já parou pra pensar sobre a jurisdição do relacionamento?!? É puro processo.
Todo relacionamento traz embutido um processo de conhecimento, ao qual se segue o processo de execução.

A doutrina da mocidade, então, inventou as medidas cautelares e a tutela antecipada. Afinal de contas, com o "ficar", você já obtém aquilo que conseguiria com o relacionamento principal, e, além do mais, toma conhecimento de tudo o que possa acontecer no futuro, já estando precavido.

Esse processo de conhecimento pode, de cara, ser extinto sem julgamento de mérito, por carência de ação. Pior é o indeferimento da inicial por inépcia. E sem contar que na ausência do impulso oficial a coisa não vai pra frente. Havendo ilegitimidade de parte, o que normalmente se constata apenas na fase probatória; ou ainda, a impossibilidade do pedido, não tem quem agüente.

E quando é o caso, ainda mais freqüente, de falta de interesse....aí paciência!

Se ocorrer intervenção de terceiros, a coisa complica, pois amplia objetiva e subjetivamente o campo do relacionamento, transformando-o em questão prejudicial.

Pois, como se sabe, todo litisconsórcio ativo é facultativo, dependendo do grau de abertura e modernidade do relacionamento.

É necessário estar sempre procedendo ao saneamento da relação, para se manter a higidez das fases futuras.

É um procedimento especial, uma mescla entre processos civil e penal, podendo seguir o rito ordinário, sumário, ou, até mesmo, o sumaríssimo...dependendo da disposição de cada um.

A competência para dirimir conflitos é concorrente. E a regra é que se busque sempre a transação.

Com o passar do tempo, depois de produzidas todas as provas de amor, chega o momento das alegações finais... é o noivado! Este pode acontecer por simples requerimento ou então por usucapião. Alguns conseguem a prescrição nesta fase.

E na hora da sentença: "Eu vos declaro marido e mulher, até que a morte os separe". Em outras palavras, está condenado a pena de prisão perpétua.

São colocadas as algemas no dedo esquerdo de cada um, na presença de todas as testemunhas de acusação.

E, de acordo com as regras de direito das coisas, "o acessório segue o principal"... casou, ganha uma sogra de presente. E neste caso específico, ainda temos uma exceção, pois laços de afinidade não se desfazem com o fim do casamento.

Mas essa sentença faz apenas coisa julgada formal. É possível revê-la a qualquer tempo... mas se for consensual, tem que esperar um ano, apenas!

Talvez você consiga um "habeas corpus" e... novamente a liberdade.
Como disse alguém que não me lembro agora, "o casamento é a única prisão em que se ganha liberdade por mau comportamento".

Ah!!! Nesse caso você será condenado nas custas processuais e a uma pena restritiva de direitos: prestação pecuniária ou perdimento de bens e valores.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

E aí?



Dizem que é na tristeza que se escreve as coisas mais belas. Bem, prefiro não escrever coisas belas..
Então, o tema do dia é felicidade(?) Ou a falta dela, a procura por ela.. afinal, o que é a felicidade? São tantos os conceitos que dão a ela. Eu acredito em todos e não acredito em nenhum, e pra falar a verdade sou sempre assim, prefiro o meio termo em quase tudo. E não me interprete mal, caro leitor, não é por medo que faço isto, é por sensatez. Coisas, ações, ideais, tudo radical demais é certamente o prólogo de um desastre. Veja, por exemplo, os radicais nazistas, ou os muçulmanos e suas maluquices.

Mas, voltemos ao assunto principal.

Na verdade, prefiro os temas mais concretos, duros, que se pode pegar. Felicidade é como o vento, não se pega, só se sente. E quando a gente sente, já passou. E quando estamos envoltos na brisa suave e envolvente, de repente o vento pára.

Assim que vejo a felicidade.

Pensando bem, alguém vê a felicidade? De fato, não vejo. Um sorriso, talvez? Seria mais um momento de alegria.
Talvez seja mesmo o que já ouvi dizer por aí.. a felicidade não existe, só existe a procura da felicidade, e nessa busca, mesmo achando que não, já estamos sendo felizes..
Minhas expectativas ficam um pouco frustradas com isso, mas, a vida nem sempre é do jeito que a gente quer. Na verdade, quase nunca.
Feliz mesmo eu vou ser quando chegar no céu, graças a Deus não posso nem imaginar como seja por lá. Se eu pudesse. Ah, se eu pudesse.. não seria um lugar tão perfeito.
Ainda bem que Deus é criativo.

Traduza aqui